sexta-feira, 30 de março de 2012

Vamos cuidar de nossos cérebros!!! - Ig noticias

Estudo revela simplicidade de estruturas cerebrais

Imagens de ressonância magnética fazem cair por terra imagem de emaranhado de conexões neurais e vão mudar estudos neurológicos

iG São Paulo 30/03/2012 15:59
Texto:
Foto: MGH-UCLAAmpliar
Organização: tecnologia avançada permitiu identificar padrão de conexões neurais
O cérebro é mais simples do que se pensava. Um novo estudo que usou imagens difusas de ressonância magnética revelou que as conexões do cérebro são na verdade uma estrutura ordenada. De acordo com Van Weedeen, da Universidade de Harvard caiu por terra a ideia de que a estrutura cerebral se parecia tão confusa quanto uma tigela de espaguete: as conexões entre neurônios são na verdade bem ordenadas e seguem, como padrão, três direções difusas.
Os cientistas descobriram que os caminhos de conexão do cérebro na matéria branca, um dos tecidos constiuintes do cérebro, formam uma grade tridimensional, como se fosse um tecido tramado. “Longe de ser apenas um emaranhado de fios, as conexões cerebrais se parecem mais com aqueles cabos com vários fios colados, usados em informática. Esta estrutura em grade é contínua e existente em todas as escalas e em todos os primatas, inclusive os humanos”, disse Van Wedeen.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Dinossauros existem?- ULtimas NOTÍCIAS-ig

Grupo de mamíferos prosperou antes da extinção dos dinossauros

Análise de dentes fósseis mostrou que grupo de roedores se diversificou muito antes do que se pensava

AFP | 14/03/2012 18:00
Texto:


Foto: Jude Swales Ampliar
Na ilustração, um multituberculado que se alimentava de insetos
Acreditava-se que, durante a era Mesozoica, os mamíferos eram criaturas pequenas que viviam à sombra de outras. No entanto, agora, os cientistas dizem que pelo menos um grupo de mamíferos conseguiu prosperar.
Criaturas semelhantes a roedores, chamados multituberculados, apareceram nos últimos 20 milhões de anos de reinado dos dinossauros e sobreviveram após a extinção destes, há 66 milhões de anos.
O novo estudo de um paleontólogo da Universidade de Washington indica que os multituberculados conseguiram sobreviver tão bem porque desenvolveram diversos tubérculos (protuberâncias ou cúspides) nos dentes posteriores, o que permitiu que se alimentassem de angiospermas, plantas com flores que estavam se tornando um elemento comum na paisagem.
"Esses mamíferos eram capazes de proliferar em termos de número de espécies, tamanho do corpo e formato de seus dentes, características que influenciaram o que comiam", disse Gregory P. Wilson, professor assistente de biologia da UW.
Ele é o principal autor da pesquisa, publicada nesta quarta-feira em uma edição on-line da revista científica Nature.
Cerca de 170 milhões de anos atrás, os multituberculados tinham o tamanho aproximado de um rato.
As angiospermas começaram a aparecer há aproximadamente de 140 milhões e, depois disso, o tamanho dos pequenos mamíferos aumentou, chegando ao de um castor.

Após a extinção dos dinossauros, os multituberculados continuaram a se destacar até que os outros mamíferos - em grande parte primatas, ungulados e roedores - ganharam uma vantagem competitiva. Isto acabou levando, enfim, ao desaparecimento dos multitubeculados, cerca de 34 milhões de anos atrás.
Os cientistas examinaram os dentes de 41 espécies de multituberculados preservados em fósseis coletados ao redor do mundo a fim de determinar para que direção as manchas presentes nas superfícies dentárias apontavam.
Eles usaram tecnologia a laser e tomografia computadorizada para criar imagens em 3-D dos dentes em alta resolução, menos de 30 microns (menor que um terço do diâmetro de um fio de cabelo humano).
Usando um sistema de informação geográfica, eles analisaram o formato do dente como um geógrafo examinaria uma serra se mapeasse a topografia, contou Wilson.
Carnívoros têm dentes relativamente simples, com talvez 110 manchas por arcada, pois seu alimento se despedaça facilmente, explicou Wilson.
Mas animais que dependem mais de vegetais para a sobrevivência têm uma dentição um pouco mais afetada porque sua comida é dilacerada com os dentes.
Em alguns multituberculados, dentes em formato de lâmina situados na parte da frente da boca se tornaram menos proeminentes com o tempo e os dentes de trás se tornaram mais complexos, com 348 manchas por arcada, um indício de mastigação de alimento vegetal.
Os pesquisadores concluíram que algumas angiospermas aparentemente foram pouco afetadas pela extinção dos dinossauros, já que os multituberculados, que as comiam, continuaram a progredir.
Quando as plantas se espalharam, a população de insetos polinizadores cresceu e as espécies que se alimentavam de insetos também foram beneficiadas, explicou Wilson.
Os co-autores do estudo foram: Alistair Evans, da Universidade de Monash, na Austrália; Ian Corfe, Mikael Fortelius e Jukka Jernvall, da Universidade de Helsinki, na Finlândia; e Peter Smits, da UW e da Universidade de Monash.
A pesquisa foi financiada pela Fundação Nacional de Ciência, pelo Museu da Natureza e da Ciência de Denver, Universidade de Monash, Academia da Finlândia e pela European Union's Synthesis of Systematic Resources.